Quem sou eu

Bem vindos, sou Mônica e neste blog trato sobre assuntos de adoção, meu dia a dia, pensamentos, reflexões, conheça minha história.

quarta-feira, 20 de março de 2013

Bom dia !

Hoje acordei com vontade de escrever no blog que anda um pouco abandonado, pois bem acordei pensando como uma mãe se sente ao carregar durante 9 meses um ser dentro de si e depois ter que adotar para outra família cuidar, na minha experiência de vida ao descobrir com 21 anos de idade que sou adotada não foi fácil passaram muitas coisas em minha mente, talvez se o ambiente familiar onde vivo hoje não fosse meu porto seguro eu não conseguiria suportar a pressão, em 21 de Abril de 2011 conheci minha família biológica, um dia antes frio tomou conta de mim, pois iria conhecer pessoas que nunca tinha visto na vida, medo de não ser reconhecida, medo deles não me aceitarem, pensarem que eu era chata,metida, ou sei lá, mas graças a Deus deu tudo certo.

Vou contar a verdade agora, verdade que ninguém deve saber, foram quase um ano e 5 meses angustiada, talvez eu tenha entrado num estado de depressão, mas não deixava isso transparecer para as pessoas, não sentia vontade de fazer nada e quando fazia era com muito esforço porque minha vontade era de sumir. As pessoas podem não entender mas para quem é adotado é um conflito de emoções grande demais, você não sabe os pensamento ficam embaralhados é como um quebra cabeça, só o tempo pode mudar seus pensamentos, assim foi comigo, após este ciclo hoje compreendo o quanto foi difícil para minha mãe biológica carregar durante 9 meses dentro de seu ventre e depois ter que entregar nos braços de meus pais adotivos, sem saber onde e como eu iria viver.
Mas vejo o quanto ela ficou feliz após me conhecer e perceber que fez a escolha certa, pois minha família adotiva me criou com muito amor e carinho, no começo quando meus pais me contaram que eu era filha do coração a imagem de pai e mãe sumiu um pouco, mas logo como tempo as coisas fora se modificando. E hoje agradeço a Deus por ter duas famílias.

Agradeço a todos que estiveram do meu lado me apoiando.
Ao meu amigo João Paulo que ajudou a montar o blog, 
Agradeço ao meu namorado Adriano Teles está sempre comigo em todos os momentos, com certeza era o que faltava para completar minha alegria.
Aos meus pais Leonardo e Marilene.



é isso gente, e pra você que é adotado ou está passando por isso, o tempo cura, o tempo passa !

sábado, 11 de agosto de 2012

O QUE PASSOU EM MINHA CABEÇA QUANDO DESCOBRI QUE ERA ADOTADA... ESPERO QUE AJUDE MUITOS JOVENS E VEJA QUE TODOS QUE PASSAM PELA SITUAÇÃO TEM OS DESAFIOS A SEREM ENFRENTADOS...


Eu pensei que meu mundo fosse desabar quando descobri a verdade sobre minha história,passou um filme na minha cabeça achei que tudo que vivi até aqui fosse mentira, pensei meus pais não são meus pais, minha família não é minha família, eu não nasci aqui nasci em outra cidade, meus documentos não são verdadeiros, foi mentira tudo que vivi, foram semanas assim pensando sobre isso, fui no mais fundo de mim quando percebi que Deus não tinha me abandonado, comecei a enxergar que não era tão mal assim minha situação, aos 21 anos de idade descobrir sua verdadeira identidade é difícil então comecei a remontar minha identidade, parei pra pensar que Deus me guardou durante estes anos todo para não sofrer esperou que eu tivesse maturidade para lidar com os fatos entender que nada é por acaso, com o tempo conheci minha família biológica...
Conheci meus irmãos e sobrinhos e cunhados, algo que sempre admirei em amigos e família sempre achei lindo ver alguém dizer meu cunhado minha cunhada meu irmão minha irmã meu sobrinho minha sobrinha, desde pequena este sonho foi o meu, e Deus aos meus 21 anos me entregou o pacote completo, algo que se fosse antes talvez nãos desse tanta importância assim.

Pois bem hoje amo minha família biológica e adotiva na mesma intensidade, amo meus pais e agradeço por ter duas famílias dois pais e duas mães, irmão e sobrinhos e cunhados, hoje eu sei o valor que isso tem.

Hoje eu entendo que minha vida não é mentira que é realidade pois se passei por isto foi porque Deus sabia que eu conseguiria suportar...

SEMPRE DIGO DEUS NÃO ESCOLHE OS CAPACITADOS CAPACITA OS ESCOLHIDOS, TALVEZ VC ESTEJA PASSANDO PELA MESMA SITUAÇÃO OU PARECIDA ACREDITE NO FINAL VC ENCONTRARÁ A RESPOSTA BASTA APENAS CONFIAR EM DEUS.

BEIJOS MÔNICA.

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Por que surgiu este nome ADOÇÃO E RESTAURAÇÃO?

Este nome surgiu porque acreditamos que através de uma adoção pode haver a restauração de uma família, o contexto é simples basta parar e analisar os fatos.

Ex: Um casal que queira ter filhos e não pode através da adoção encontra a possibilidade de seus sonhos de se tornarem pais, através desta adoção há uma restauração em suas vidas, através deste sonho de ter um filho e poder realiza-ló através de uma gesto tão simples e nobre de adoção há ali uma restauração no complexo familiar, devolve então a felicidade a estes casais que tanto almeja está de se tornar Pai e Mãe.

O nome adoção e restauração veio através deste raciocinio, pois bem queremos que o blog se torne um meio de ajudar os pais e filhos adotivos a encontrar a restauração e sua felicidade.

é isto pessoal, espero que tenham compreendido o nome dado ao nosso blog.

Um beijo há todos vocês...

João Carlos e Mônica.

Toda Criança tem direito de ter um lar, toda criança tem direito de ser feliz, vamos acabar com os paradigmas de adoção e vamos dar amor e carinho há quem tanto deseja ter uma família.

Beijos e Abraços

Adoção e Restauração.

Donos do Blog:

João Carlos e Mônica.


domingo, 5 de agosto de 2012


DEPOIMENTO: ADOÇÃO E GRAVIDEZ

Desde muito cedo quis ser mãe e até gravidez psicológica, de ficar 4 meses sem menstruar e com o ventre um pouco crescido tive.

Casei cedo, aos 22 anos e um ano depois já estava tentando engravidar. Só que não acontecia. Fiz vários exames e comigo estava tudo em ordem para que a gravidez acontecesse.

Já no meu marido, apareceram algumas complicações e ele até submeteu-se a uma cirurgia para correção do problema (velocidade dos espermatozóides).

Mesmo assim o tempo foi passando e a gravidez não acontecia. Só que não era uma obsessão e fomos levando nossa vidinha de casados muito bem.

Desde mocinha eu pensava em adotar, achava que já tinha tanta criança precisando de um lar, então pra que colocar mais uma no mundo?! Só que esse não era o pensamento do meu Guga que queria muito um filho biológico.

Lembro que antes de saberem que o problema por eu não engravidar era do Guga, a família dele me cobrava absurdos pela gravidez! Era como se fosse um fluxograma: Casou, tem que ter um filho biológico! Um dia não aguentei e mandei eles perguntarem ao Guga pq eu não engravidava. Silenciaram e me deixaram em paz!!! ufaaaa!!!

Guga tentou tratamento com hormônios que o fizeram passar super mal e foi aí que conversamos mais seriamente a respeito da adoção e ele concordou. Tínhamos 12 anos de casados.

Nos habilitamos, cheios de paradigmas e preconceitos...graças a Deus chegou meu Henrique, que de fato era o oposto da criança que descrevemos desejar no processo de adoção inicial. Mas chegou arrasando: Nos fez Pai e Mãe e o melhor: Nos fez ver a vida como ela é e saber que pode ser melhor e nos fez quebrar as fronteiras do nosso mundinho.

Henrique, meu filho mais velho, não foi bem aceito pela família e teve até aqueles que nos mostraram os pulsos e disseram que se o sangue deles não corressem na criança, eles não a considerariam como família. Houve os que nos mandaram devolvê-lo...e absurdos assim. Afiamos unhas e dentes e deixamos claro que ele era nosso filho e ponto final e aqueles que quisessem continuar a conviver com agente teriam que respeitar nosso Henrique.

1 ano e 6 meses se passaram...Henrique já consquitara seu terreno e os que não o aceitaram, era pq de fato não nutriam por nós grande afeto, assim se afastaram. Graças a Deus...hoje enxergo que eles eram um grande estorvo!!!

Comecei a ter sonos incríveis e super fora de hora...era um abrir de boca maleducado e eu não me segurava em pé! A menstruação atrasou e comecei a ficar enjoada...veio a suspeita da gravidez!

FIQUEI APAVORADA! tomava remédios pesados para o controle da Esclerose Múltipla, doença da qual sou portadora e recentemente tinha feito pulso de corticóides!

O exame deu positivo! Lembro que chorei que só, por não desejar mais ficar grávida, tinha muito medo, eu já tinha 35 anos. Por estar passando por um momento difícil na nossa vida e por achar que já tinha meu filho e se quisesse outro era para ser adotado também!

Fizemos a primeira ultra-som e o coração pulsando a mil por hora nos fez emocionar: Eu e Guga a chorar e Henrique a sorrir imitando o som do coraçãozinho do irmão!

Sim, teve os que assim que souberam da minha gravidez foram logo indagando: E agora vão devolver o menino que vcs "criam"? E o pior é que não foi só um ou dois que chegou a fazer essa pergunta absurda!

Outros comentavam: "agora vc será mãe de verdade"! ou "agora vcs vão ver o que é de verdade ter um filho"!

Por vezes eu respondia alguma coisa bem grosseira e por outras vezes era bem escandalosa e me colocava a gargalhar na frente da pessoa, que ficava com cara de tacho!!! Por vezes, tava tão cansada com aquilo tudo que nem respondia nada!!!! Ignorava!

Bom, comecei a ter enjôos absurdos, vomitava mesmo em jejum, o suco gástrico e só faltava me acabar com aquilo! enjoei o cheiro de tudo...até a música de um desenho animado que Henrique gostava de assistir até hoje não aguento escutar!


Eu não conseguia mais dormir na posição que estava acostumada...a região da bacia doia demais e me disseram que era justamente a mesma se dilatando para segurar o bebê e dar passagem ao mesmo...como tive dores!!!

Eu praticamente não dormi a gravidez toda, eram apenas cochilos, ou desmaios de tão cansada! Me sentia insegura...Chorava por tudo, até com propaganda de bolacha na TV!

Descobri como posso me tornar uma pessoa insuportável!!!

Passei a gravidez deprimida!!! Era muito incômodo!

Tive sem ter nem pra que um forte sangramento...ameaça de aborto que me fez ficar de molho por mais de um mês.

Eu vivia insegura, aquele serzinho crescendo dentro de mim me apavorava e não conseguia enxergar poesia naquilo! Os únicos momentos bons eram na hora da ultra, onde víamos ele se mexer todo e cada vez se formando!!! O estado de graça terminava aí! O resto era para fazer graça aos desafetos, pq era um incômodo só.

Claro que eu amava o filho que crescia em meu ventre...mas, era aquele amor de cuidar para que nada de mal acontecesse a ele!

A partir do quinto mês comecei a ficar toda inchada e meus pés e pernas foram os que mais sofreram...

No fim da gravidez, faltando uma semana para 8 meses tive pré-eclampsia e quase morremos eu e ele!

Por precaução da obstetra que me acompanhava já estava internada na maternidade há 2 semanas e pegaram o pré-eclampsia de pronto e assim nasceu meu segundo filho! Parto de urgência, cesário e ele ainda ficou 10 dias na UTI Neonatal...

Quando o colocaram em meu colo, recém nascido todo melecado por uma gordura branca, só conseguia dizer: "Deus o abençoe" e alisava meio com medo sua testinha.

Hoje sei e tenho convicção que só conseguimos amar nosso filho depois que ele nasceu e começamos a cuidar dele e interagir com ele!

A gravidez em nada tornou Guilherme mais meu filho do que o Henrique. Hoje, eles são dois filhos adoráveis, cada um na sua faixa etária e com diferentes facetas, tb em virtude da personalidade deles como indivíduo!!!

Sim, meu marido que viveu por 14 anos o drama de não me engravidar, depois que a gente quase morre, tratou de fazer vasectomia e me disse com seu jeito meigo: "Se quisermos e tivermos condições de ir atrás da nossa menininha, ela virá adotada! Sabemos que se trata da mesma coisa! É só um meio diferente de chegada dos nossos filhos"!

Lembro que desatei a chorar emocionada e orgulhosa do Homem que meu Guga se tornara!!!

Este nosso irmão mais novo Felipe 


Nosso irmão Nill e cunhada Eliana

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